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  F-FDG

18

FDG-18F

O Flúor-18 é o principal radioisótopo utilizado para estudos PET, sendo obtido através do bombardeio do oxigênio-18 com prótons dentro de um acelerador de partículas - o cíclotron. A incorporação do Flúor-18 à molécula de desoxiglicose dá origem ao radiofármaco fludesoxiglicose (18F), ([18F]FDG), comercializado pela VBR como FDG®, ou pode produzir o Amespro Fluornicotinamida (18F), conhecido como [18F]PSMA-1007.
 

Além do Flúor-18, o cíclotron também é empregado na produção de uma série de outros agentes PET utilizados em imagem molecular, uma das áreas que mais cresce em Medicina Nuclear. Quando injetados no corpo humano, estes radiofármacos, também chamados de radiotraçadores, detectam e rastreiam funções celulares anormais que podem estar associadas a uma variedade de doenças, às vezes antes mesmo que se tenha uma alteração anatômica, as quais são detectadas por outros exames de imagens quando já possuem dimensões passíveis de identificação. Desta forma, as imagens do PET possuem maior sensibilidade para o diagnóstico precoce. Assim, o exame de PET não apenas detecta a presença de alterações morfológicas, mas é capaz de analisar a intensidade da captação dos radiofármacos que aparece nas imagens. Deste modo, por meio da análise dessa intensidade, estima-se a atividade metabólica: quanto maior a atividade, mais intenso é o brilho. Portanto, os radiofármacos sendo visíveis por sofisticados scanners, tornam mais fácil o trabalho dos médicos na definição da conduta médica do seu paciente, permitindo um diagnóstico não invasivo de doenças em seus estágios mais iniciais até os avançados, como os estágios metastáticos, no caso das neoplasias.

[18F]FDG
Com o uso consolidado na prática médica, o FDG® é indispensável tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento de pacientes em diversas patologias, através da aquisição de imagens pela Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), na área da Medicina Nuclear, possibilitando os estudos funcionais e metabólicos do organismo. Desta forma, o FDG® é um radiofármaco de uso diagnóstico com a principal aplicação do FDG® na oncologia, mas também tem uso na cardiologia e neurologia.  

O FDG® é um análogo da glicose marcado com o material radioativo, flúor-18, assim células ávidas e/ou com alto consumo de energia dependente de glicose irão captar o FDG® para o seu interior, mas diferente do metabolismo glicolítico, o  FDG® não é reconhecido, logo permanece no interior da célula, viabilizando a aquisição de imagens. 

 

APLICAÇÕES


  F-PSMA

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Em oncologia, grande parte dos tumores possui alta taxa metabólica, com elevado consumo de glicose. A injeção do FDG nos pacientes leva a alta concentração desta molécula nos locais acometidos pela doença, sendo possível a detecção dessas alterações muito antes de serem observadas pelos métodos convencionais de imagem. Assim, o FDG® tem papel fundamental desde o diagnóstico precoce do câncer até o acompanhamento do tratamento oncológico do paciente, sendo importantíssimo para a definição da conduta terapêutica. Consequentemente, o FDG® interfere no prognóstico do paciente devido ao impacto na expectativa de cura, na qualidade de vida, no tempo e no custo do tratamento.

Na cardiologia, o FDG® desempenha um papel importante na pesquisa de viabilidade miocárdica e na avaliação das doenças inflamatórias e infecciosas do sistema cardiovascular. O tecido cardíaco em vigência de processos inflamatórios/infecciosos aumenta o seu consumo de glicose como resposta fisiológica ao microorganismo invasor. Tal como, o músculo doente utiliza única e exclusivamente a glicose como fonte de obtenção energética. Assim sendo, utilizando a glicose marcada com um material radioativo (flúor-18) é possível detectar qual parte do músculo cardíaco está em estado de hipermetabolismo.
 

No campo da neurologia, a avalição de presença de alterações no metabolismo energético é uma ferramenta de peso para a avaliação de quadros de epilepsia e na diferenciação de demências, em especial a Doença de Alzheimer. Além disso, tem sido aplicado o FDG® no diagnóstico diferencial entre demências e depressão, na neuropsiquiatria; no diagnóstico, localização e acompanhamento de processos inflamatórios e infecciosos, refletindo o aumento da demanda energética das células inflamatórias. 
 

[18F]PSMA-1007

O estudo oncológico por imagem PET com radiofármaco Amespro Fluornicotinamida (18F), conhecido como [18F]PSMA-1007, possibilita avaliar a  biodistribuição corporal do PSMA (Prostate Specific Membrane Antigen_Antígeno Prostático Específico de Membrana), o qual é uma glicoproteína que se localiza na superfície das células prostáticas e é altamente regulada no câncer de próstata. Desta forma, o [18F]PSMA-1007 é empregado para o diagnóstico primário, estadiamento, seguimento, avaliação de resposta ao tratamento e determinação do prognóstico do câncer de próstata. Além de, também permitir o planejamento terapêutico com radionuclídeos, seguindo o modelo teranóstico.
 

O uso de [18F]PSMA-1007 é vantajoso, pois é excretado pelo sistema hepatobiliar em vez de urinário, deixando o local do tumor primário livre para a detecção da recorrência local, além de possuir uma meia-vida física mais longa e fótons de menor energia em comparação com o radionuclídeo gálio-68, possibilitando a logística de centros mais distantes do produtor e melhor resolução das imagens, respectivamente.
 

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